sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dicas de leitura


O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry



O livro é um romance do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943, nos Estados Unidos. O Pequeno Príncipe, que vivia em um planeta tão pequeno, onde só existia ele, uma rosa e seus vulcões, resolve viajar por outros planetas. Nessa grande aventura, o pequeno príncipe conhece pessoas diferentes e vive momentos nunca antes vividos.

domingo, 16 de junho de 2013

Cotidiano - música uitilizada de forma intertextual na situação de aprendizagem


Entrevista com Moacyr Scliar - vídeo utilizado na situação de aprendizagem


A ilha - vídeo utilizado na situação de aprendizagem


Dica de Leitura 16

Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Dica de Leitura 15


Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". 
Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. 
À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que "é melhor ser gentil que ter razão" e faz dessa convicção sua meta. Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Um livro comovente sobre um homem que acredita na felicidade, no amor e na esperança.

Situação de Aprendizagem - Trabalhando com Contos - "Pausa" de Moacyr Scliar


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Minhas experiências com leitura e escrita

Rosemeire Santos Jacomelli (Cursista)
Cajuru-SP


Olá! Meu nome é Rosemeire, sou professora de Português e Inglês, leciono desde 1992,mas efetivei em 2006. Sou casa, tenho uma filha, gosto muito de aprender coisas novas em minha profissão. Espero que este curso possa enriquecer ainda mais os nossos conhecimentos.
 
 
 
 
Newton Mesquita diz que "ler é viajar através da imaginação", é assim que vejo a leitura. Podemos fazer uma viagem sem pagar pedágios e conhecer o mundo através dela, conhecer outras pessoas, outros lugares, outras culturas. Na minha infância, gostava muito de ouvir as histórias que minha família contava, às vezes minha mãe, apesar de ter pouca escolaridade, às vezes minha avó, minha tia e ficava viajando com o que ouvia, a imaginação ia muito além. Isso foi um incentivo na minha vida, porque quando aprendi a ler, não saia da biblioteca da escola para pegar os livros de contos de fadas, as quais elas me contavam, e ficava horas e horas lendo para ver como terminavam as histórias. E como diz Rubem Alves "devemos ler muito para sermos bons escritores", acredito que é através da leitura que aprendemos a escrever melhor, é o que passo para os meus alunos, que quanto mais eles lerem, melhor vão escrever.
 
 
 

sábado, 8 de junho de 2013

Dica de Leitura 14


As Crônicas de Nárnia apresentam, geralmente, as aventuras de crianças que desempenham um papel central e descobrem o ficcional Reino de Nárnia, um lugar onde a magia é corriqueira, os animais falam, e ocorrem batalhas entre o bem e o mal. Em todos os livros os personagens principais são crianças de nosso mundo, que são magicamente transportadas para Nárnia a fim de serem ajudadas e instruídas pelo Grande Leão conhecido como Aslam.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dica de Leitura 13


Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta. Sua filha Meggie é uma devoradora de histórias, mas apesar da insistência não consegue fazer com que o pai leia para ela na cama. Meggie jamais entendeu o motivo dessa recusa, até que um excêntrico visitante finalmente vem revelar o segredo que explica a proibição. É que Mo tem uma habilidade estranha e incontrolável - quando lê um texto em voz alta, as palavras tomam vida em sua boca, e coisas e seres da história surgem como que por mágica. Numa noite fatídica, quando Meggie ainda era um bebê, a língua encantada de Mo trouxe à vida alguns personagens de um livro chamado 'Coração de tinta'. Um deles é Capricórnio, vilão cruel e sem misericórdia, que não fez questão de voltar para dentro da história de onde tinha vindo e preferiu instalar-se numa aldeia abandonada. Desse lugar funesto, comanda uma gangue de brutamontes que espalham o terror pela região, praticando roubos e assassinatos. Capricórnio quer usar os poderes de Mo para trazer de Coração de tinta um ser ainda mais terrível e sanguinário que ele próprio. Quando seus capangas finalmente seqüestram Mo, Meggie terá de enfrentar essas criaturas bizarras e sofridas, vindas de um mundo completamente diferente do seu.

O livro que só queria ser lido


Quem tiver oportunidade, escute essa música. Vale a pena!


Por quem os sinos dobram

Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
“Cê” sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida que vive guardada
O eco de suas palavras não repercute em nada

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado,
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo

Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo

Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais

Raul Seixas



Reforma Ortográfica II


Reforma Ortográfica I


Que língua eu falo?

Esse texto é dez (sfot poc) Não entendeu (sfotoim poc) Então que tal ler (sfotoim poc)

Sfot Poc - Luis Fernando Veríssimo

Chamava-se Odacir e desde pequeno, desde que começara a falar, demonstrara uma estranha peculiaridade. Odacir falava como se escreve. Sua primeira palavra não foi apenas "Gugu". Foi:
- Gu, hífen, gu...
Os pais se entreolharam, atônitos. O menino era um fenômeno. O pediatra não pôde explicar o que era aquilo. Apenas levantou uma dúvida:
- Não tenho certeza que "gugu" se escreve com hífen. Acho que é uma palavra só, como todas as expressões desse tipo. "Dadá", etc.
- Da, hífen, dá - disse o bebê, como que para liquidar com todas as dúvidas.
Um dia, a mãe veio correndo. Ouvira, do berço, o Odacir chamando:
- Mama sfot poc.
E, quando ela chegou perto:
- Mama sfotoim poc.
Só depois de muito tempo os pais se deram conta. "Sfot Poc" era ponto de exclamação e "sfotoim poc", ponto de interrogação.
Na escola, tentaram corrigir o menino.
- Odacir!
- Presente sfot poc.
- Vá para a sala da diretora!
- Mas o que foi que eu fiz sfotoim poc.
Com o tempo e as leituras, Odacir foi enriquecendo seu repertório de sons. Quando citava um trecho literário, começava e terminava a citação com "spt, spt". Eram as aspas. Aliás, não dizia nada sem antes prefaciar um "zit". Era o travessão. Foi para a sua primeira namorada que ele disse certa vez, maravilhado com a própria descoberta:
- Zit Marilda plic (vírgula) você já se deu conta que a gente sempre fala diálogo sfotoim poc.
- O quê?
- Zit nós sfot poc. Tudo que a gente diz é diálogo sfot poc.
- Olhe, Odacir. Você tem que parar de falar desse jeito. Eu gosto de você, mas o pessoal fala que você é meio biruta.
- Zit spt spt biruta spt spt sfotoim poc.
- Viu só? Você não pára de fazer esse ruídos. E ainda por cima, quando diz "sfotoim", cospe no meu olho.
O namoro acabou. Odacir aceitou o fato filosoficamente, aproveitando para citar o poeta.
- Zit spt spt. Que seja eterno enquanto dure poc poc poc spt spt.
Poc poc poc eram as reticências.
Odacir era fascinado por palavras. Tornou-se o orador da turma e até hoje o seu discurso de formatura (em Letras) é lembrado na faculdade. Como os colegas conheciam os hábitos de Odacir mas os pais e os convidados não, cada novo som do Odacir era interpretado, aos cochichos, na platéia:
- Zit meus senhores e minhas senhoras poc poc.
- Poc, poc? - Dois pontos.
- Que rapaz estranho...
- A senhora ainda não viu nada...
Quando lia um texto mais extenso, Odacir acompanhava a leitura com o corpo. As pessoas viam, literalmente, o Odacir mudar de parágrafo.
- Mas ele parece que está diminuindo de tamanho!
- Não, não. É que a cada novo parágrafo ele se abaixa um pouco.
Quando chegava ao fim de uma folha, Odacir estava quase no chão. Levantava-se para começar a ler a folha seguinte.
- Colegas sfot poc Mestres sfot poc Pais sfot poc. No limiar de uma era de grandes transformações sociais plic o que nós plic formando em Letras plic podemos oferecer ao mundo sfotoim poc.
A grande realização de Odacir foi o trema. Para interpretar o trema, Odacir não queria usar poc, poc, que podia ser confundido com dois pontos. Poc plic era ponto e vírgula. Um spt só era apóstrofe. Como seria trema? Odacir inventou um estalo de língua, algo como tlc, tlc. Difícil de fazer e até perigoso. Ainda bem que tinha poucas oportunidades de usar o trema.
Odacir, apesar de formado em Letras, acabou indo trabalhar no escritório de contabilidade do pai. Levava uma vida normal. Lia muito e sua conversa era entrecortada de spt, spts, citações dos seus autores favoritos. Mesmo assim casou - na cerimônia, quando Odacir disse "Aceito sfot poc", o padre foi visto discretamente enxugando um olho - e teve um filho. E qual não foi o seu horror ao ouvir o primeiro som produzido pelo recém-nascido:
- Zzzwwwwuauwwwuauzzz!
- Zit o que é isso sfotoim e sfot poc?
- Parece - disse a mulher, atônita - o som de uma guitarra elétrica.
O filho de Odacir, desde o berço, fazia a sua própria trilha sonora. Para a tristeza do pai, produzia até efeitos especiais, como câmara de eco. Cresceu sem dizer uma palavra. Até hoje anda por dentro de casa reverberando como um sintetizador eletrônico. É normal e feliz, mas o único som mais ou menos inteligível - pelo menos para seus pais - que faz é "tump tump", imitando o contrabaixo elétrico.
- Zit meu filho poc poc poc. Meu próprio filho poc poc poc. - diz Odacir.
Poc, poc, poc.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Gosto muito de trabalhar este texto em minhas aulas.
O abridor de latas
Millôr Fernandes
Pela primeira vez no Brasil um conto escrito inteiramente em câmera lenta.
Quando esta história se inicia já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1.200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse:
- Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia dessa vida?
- Formidável - disse a tartaruguinha mais nova, 12 anos depois - vamos fazer um piquenique?
Vinte e cinco anos depois as tartarugas se decidiram a realizar o piquenique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinha e várias dúzias de refrigerante, elas partiram. Oitenta anos depois chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um piquenique.
- Ah - disse a tartaruguinha, 8 anos depois - excelente local este!
Sete anos depois todas as tartarugas tinham concordado. Quinze anos se passaram e, rapidamente elas tinham arrumado tudo para o convescote. Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas.
Discutiram e, ao fim de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas.
- Está bem - concordou a tartaruguinha, três anos depois - mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar.
Dois anos depois as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão nem nos doces. E a tartaruguinha partiu.
Passaram-se cinquenta anos e a tartaruga não apareceu. As outras continuavam esperando. Mais 17 anos e nada. Mais 8 anos e nada ainda. Afinal uma das tartaruguinhas murmurou:
- Ela está demorando muito. Vamos comer alguma coisa enquanto ela não vem?
As outras concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais 17 anos. Aí outra tartaruga disse:
- Já estou com muita fome. Vamos comer só um pedacinho de doce que ela nem notará.
As outras tartarugas hesitaram um pouco mas, 15 anos depois, acharam que deviam esperar pela outra. E se passou mais um século nessa espera. Afinal a tartaruga mais velha não pôde mesmo e disse:
- Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem.
Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruguinha mais jovem apareceu:
- Ah, murmurou ela - eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fiquei escondida atrás da árvore. Agora não vou buscar mais o abridor, pronto!

Fim (30 anos depois)


10 motivos para ler livros


Dica de Leitura 12

Esta obra-prima de Guimarães Rosa traz contos que narram os costumes e a linguagem da gente de Minas Gerais, mas extrapolam a cor local. Em A Terceira Margem do Rio, um homem abandona a família para viver no meio de um riacho, convidando o leitor a uma reflexão metafisica sobre o sentido da vida. Já Luas de Mel narra a fuga de um casal apaixonado, que é abrigado por um senhor de meia-idade de nome Joaquim Norberto. O amor dos jovens acaba inspirando o homem, que revive momentos de paixão e envolvimento com sua velha senhora, Sá Maria-Andreza.

Dica de Leitura 11

Tintim presenteia seu amigo Haddock com uma réplica de um navio que pertenceu a um antepassado deste, o cavaleiro de Hadoque. O navio é roubado e, logo depois, a casa do repórter é invadida. Estes dois fatos estariam ligados? Haddock, por sua vez, acha no sótão de sua casa as memórias de seu antepassado, que menciona um mapa e um tesouro. O tal mapa foi dividido em partes, que estão guardadas em réplicas do navio - o que explica o misterioso roubo do navio. Tintim e seus amigos decidem ir atrás de pistas e desvendar a charada. Antes, porém, terão que enfrentar uma quadrilha perigosa.

Dica de Leitura 10


Quem nunca ouviu a famosa frase: "elementar, meu caro Watson?" Dita por Sherlock Holmes, o detetive mais célebre da história da literatura, ao fiel companheiro Watson ela é conhecida até por quem nunca leu nada escrito por Arthur Conan Doyle (1859-1930), o criador de ambos. O volume reúne o melhor da extensa produção de Doyle. Em Um Escândalo na Boêmia, o leitor será apresentado à misteriosa Irène Adler, que faz Holmes rever alguns conceitos. Em O problema final, o detetive combate um grande criminoso, o professor Moriarty. Em A Liga dos Cabeça-Vermelha, homens ruivos recebem dinheiro de uma entidade, sabe-se lá por que - você descobrirá junto com Holmes. Já em A Faixa Malhada(que tem uma encantadora versão em quadros pela Ed. DCL), o detetive se coloca no lugar da vítima para tentar desvendar uma tentativa de assassinato.

Dica de Leitura 9

Nome do livro: Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Por quê: "Quando se fala em livro essencial para um brasileiro eu penso logo em Vidas Secas, do Graciliano Ramos. Pode parecer uma indicação de leitura estranha para um adolescente, mas eu explico. Sua primeira qualidade é a linguagem enxuta e seca, as descrições precisas, a escassez de adjetivos. Isso agrada o leitor atual. O tema gira em torno de uma família, há pais, dois filhos, papagaio e uma cadela chamada Baleia, quase protagonista. Os capítulos podem ser lidos em qualquer ordem, como contos. O leitor, se quiser, monta seu próprio livro. Graciliano os escreveu separados, nos jornais. O capítulo chamado Baleia, por exemplo, que é o nono do livro, foi o primeiro a ser escrito. É uma inovação formal usada em muitos livros infanto-juvenis... Além de tudo isso, é uma aula de Brasil profundo; leva o leitor por cenários inimagináveis à maioria; apresenta palavras novas (vale a pena ter um dicionário ao lado); é carregado de sentimentos básicos; mostra a fome, a seca, a humilhação, a importância dos laços familiares. Como é um livro para ser lido muitas vezes durante a vida, e a cada vez entendendo um pouco mais, é melhor começar cedo. Quando a leitura termina, fica-se com a sensação e que nossa alma foi tocada por uma obra-prima".

Dica de Leitura 8


Nome do livro: A Chave do Tamanho, de Monteiro Lobato

Por quê: "Indico A Chave do Tamanho, de Monteiro Lobato, em primeiro lugar porque se trata de um grande autor, de um escritor autenticamente brasileiro. E, depois, porque este livro é uma espécie de fábula sobre o nosso mundo, uma fábula que permanece surpreendentemente atual."

domingo, 2 de junho de 2013

Reportagem publicada na revista Nova Escola

O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas

Levar os alunos a entender tudo o que lêem exige explorar diferentes gêneros e procedimentos de estudo. Para ser bem-sucedido na tarefa, é necessário o envolvimento dos professores de todas as disciplinas


No Brasil, um em cada dez brasileiros com 15 anos ou mais não sabe ler e escrever. Uma vergonha que encobre outras realidades não tão evidentes, mas igualmente dramáticas. Como o fato de que dois terços da população entre 15 e 64 anos é incapaz de entender textos longos, localizar informações específicas, sintetizar a ideia principal ou comparar dois escritos. O problema não é reflexo apenas de baixa escolarização: segundo dados do Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, mesmo considerando a faixa de pessoas que cursaram de 5ª a 8ª série, apenas um quarto delas é plenamente alfabetizado. A conclusão é que, na escola, os alunos aprendem a ler - mas não compreendem o que leem.
É preciso virar esse jogo. Num mundo como o atual, em que os textos estão por toda a parte, entender o que se lê é uma necessidade para poder participar plenamente da vida social. Professores como você têm um papel fundamental nessa tarefa (leia o infográfico abaixo). Independentemente de seu campo de atuação, você pode ajudar os alunos a ler e compreender diferentes tipos de texto, incentivando-os a explorar cada um deles. Pode ensiná-los a fazer anotações, resumos, comentários, facilitando a tarefa da interpretação. Pode, enfim, encaminhá-los para a escrita, enriquecida pelos conhecimentos adquiridos na exploração de livros, revistas, jornais, filmes, obras de arte e manifestações culturais e esportivas.
O primeiro passo é firmar um compromisso: ensinar a ler é tarefa de todas as disciplinas, não apenas de Língua Portuguesa. É essa ideia que norteia esta edição especial de NOVA ESCOLA. Em todas as áreas, há aproximações possíveis com o tema. "Um professor de História deve ensinar que muitos textos da área têm uma estrutura cronológica e que é necessário identificá-la para entender a informação. O de Ciências precisa discutir como ler as instruções de experiências e ensinar a produzir relatórios, e o de Matemática, a interpretar problemas. A alfabetização plena requer que os estudantes saibam compreender e produzir textos específicos das disciplinas", explica a pesquisadora espanhola Isabel Solé, uma das maiores autoridades do mundo quando o assunto é leitura.
Foto: Paulo Vitale
Foto: Paulo Vitale

Vídeo sobre a leitura de clássicos da literatura.


A leitura ajuda a criar histórias com ritmo


Dica de leitura 7

A Série Vaga-Lume é uma coleção de livros lançada pela Editora Ática a partir de 1972. As obras são principalmente voltadas para um público infanto-juvenil. A coleção ao longo do tempo teve algumas alterações no seu formato, mas, é inésquecivel suas capas clássicas e suas imagens, onde os objetos ou pessoas ficam para fora do quadro tanto na capa e também no miolo. Escolhida em muitas escolas, sem esquecer que possui um suplemento de trabalho com várias atividades para o leitor.



Dica de leitura 6

A 8ª Série C - (1975) - Odette de Barros Mott

Júlio e Gabriela vivem uma crise de consciência por terem mentido a seus pais. Márcia pertence a uma família mais pobre que a de seus amigos, mas convive bem com isso e, juntamente com João Paulo, é a conselheira da turma, tentando convencê-los de que nem sempre é bom "seguir a onda". Mariela guarda um segredo: vive a emoção da primeira paixão e recebe cartas anônimas de um suposto apaixonado. Todos eles são adolescentes e estudam na 8ª. série C.

Dica de Leitura 5    

"Um livro com uma linguagem acessível e simples, com um enredo fácil e muito envolvente, que aborda a natureza humana de uma forma ingênua. O livro é narrado pela Morte, e tem uma história suave e trágica ao mesmo tempo.
A história se passa entre 1939 e 1943, na época da Segunda Guerra Mundial. Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes e saiu viva nas três ocasiões, o que impressionou a Morte, que decidiu contar a história de Liesel. Liesel precisou encontrar formas de se convencer do sentido de viver. Viu seu irmão morrer e foi deixada pela sua mãe, sendo criada por Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Trazia consigo um livro, que o rapaz que enterrou seu irmão deixou cair na neve, esse foi o primeiro livro dos vários que Liesel roubaria nos 4 anos seguintes.
Foi a paixão pelos livros que salvou Liesel, naquela época horrível de guerra que a Alemanha estava passando. A busca por conhecimento e o gosto por roubar livros deram a Liesel um sentido para sua vida, além de Hans que era muito amável com ela, seu amigo Rudy e um judeu que ficou um tempo escondido em seu porão. E a Morte que sempre esteve olhando seu sofrimento e foi testemunha de tudo, narrando assim a história.
Simplesmente triste, inspirador, magnífico e muito forte, um livro que nos ensina o poder e a magia das palavras e como elas podem condenar ou salvar alguém. Um belo trabalho do autor Markus, que consegue nos fazer refletir e emocionar. Uma leitura ótima que flui facilmente e que me deixou aflita para saber o que aconteceria depois." (Eve Llin, Colunista da área de Séries)

sábado, 1 de junho de 2013

Como é bom recordar...
“O que é isso, mamãe?" Lembro-me quando fiz essa pergunta e a minha mãe, com a sua simplicidade, respondeu que era um livro, que contava uma história muito legal, assim como as histórias que ela vivia contando para mim. Não lembro que livro era, mas a passagem ficou guardada na minha memória. Acho que foi a partir daí que me encantei pelos livros.
Os meus pais não tinham condições financeiras para comprar os chamados livros paradidáticos, mas uma madrinha do meu pai trabalhava para uma família que comprava muitos livros infantis para os filhos e conforme iam crescendo fazia doações dos livros. Eu adorava quando a via chegar à nossa casa com a sacola de livros. Eu lia todos, confesso que alguns eu não entendia direito, mas eu me esforçava para entendê-los.
Quando comecei a ter acesso à biblioteca da escola, por livre e espontânea vontade- não tenho recordações de as professoras de Língua Portuguesa incentivarem, recordo-me apenas das obras indicadas para a leitura e que seriam cobradas  na “prova do livro”-, comecei a pegar os livros da sérieVagalume para leitura. Como eu gostava! Praticamente “devorava-os” .
Após a leitura de várias obras da série Vagalume, vieram outros livros, mas um de que me recordo com muito carinho é Um Girassol na Janela, de Ganymédes José. 

Dica de Leitura 4

Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. Momentos antes de morrer, Saunière deixa uma mensagem cifrada que apenas a criptógrafa Sophie Neveu e Robert Langdon, um simbologista, podem desvendar. Eles viram suspeitos e em detetives enquanto tentam decifrar um intricado quebra-cabeças que pode lhes revelar um segredo milenar que envolve a Igreja Católica. Apenas alguns passos à frente das autoridades e do perigoso assassino, Sophie e Robert vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci e se debruçam sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental - da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal. Mesclando os ingredientes de um envolvente suspense com informações sobre obras de arte, documentos e rituais secretos, Dan Brown consagrou-se como um dos autores mais brilhantes da atualidade. 


Dica de Leitura 3

A narrativa de “O Menino do Pijama Listrado“, acontece entre os anos de 1942 e 1944, período em que o mundo era assolado pela “Segunda Guerra Mundial”. O protagonista desta história chama-se Bruno. 
Bruno é um menino de 9 anos, muito inteligente, perspicaz e inocente, que mora com os pais e uma irmã, a qual ele chama de “Caso Perdido”. Em um dia qualquer ao chegar da escola, é surpreendido com a notícia de que a família vai ter que mudar-se de onde moram, pois o pai havia sido “promovido” no “trabalho” e iria ocupar um novo cargo em um outro lugar bem distante e desconhecido.n Ao chegar no novo lar, Bruno sente-se totalmente desconfortável, põe defeitos em tudo e deixa bem claro para o pai e a mãe que não está satisfeito com esta nova condição de vida, no entanto, de nada adianta as suas objeções, os pais dizem a ele para arrumar um jeito de adaptar-se à nova casa, pois a decisão de morarem lá já tinha sido tomada e era sem volta. Quando já estava a ponto de enlouquecer por não ter com quem brincar e nem conversar, Bruno descobre, ao olhar da janela de seu quarto, uma cerca, onde de longe avista várias pessoas com roupas estranhas. Este acontecimento, deixa-o extremamente inquieto, fazendo com que ele saia de casa todos os dias para “explorar” o local na intenção de descobrir algo. E em uma destas explorações, ele conhece Shmuel, “o menino do pijama listrado“. Bruno passa então a visitar Shmuel todos os dias, e os dois rapidamente tornam-se amigos. A partir deste encontro a vida dele muda totalmente, pois agora ele já não se sente mais tão só, tem um amigo com quem conversar e compartilhar confidências. “O Menino do Pijama Listrado“, surpreende pela simplicidade e pureza com que o autor, John Boyne, trata um tema tão forte, pesado e sujo como o Holocausto. Uma das técnicas que ele utilizou (e muito bem na minha opinião) foi a de usar trocadilhos e menções indiretas ao fato e as pessoas nele envolvidas. Durante a leitura fiquei pensando como seria o final, como o autor iria costurar aquela trama (com poucas páginas) de forma que não chocasse nem um lado e nem o outro, e confesso, ele conseguiu. Já adianto, o epílogo é muito triste, deixa um gostinho amargo na boca, entretanto, achei justo e inteligente o desfecho proposto por John Boyne. Portanto, fica a dica para quem quiser se emocionar com uma bela história de amizade, inocência e, ao mesmo tempo perturbadora e cruel. 

Dica de Leitura 2

Embora os cientistas tenham levado a Ciência a avanços inimagináveis, que levam a fantasia de Verne a uma certa defasagem, sua narrativa não perde jamais o encanto. Em Viagem ao Centro da Terra, um de seus mais empolgantes romances, o original Professor Lidenbrock, residente em Hamburgo, na Alemanha, depara-se repentinamente com um enigmático manuscrito ao adquirir uma obra ancestral.
Ao investigar o estranho documento, com o auxílio de seu sobrinho Axel, hábil geólogo e mineralogista, ele consegue finalmente decifrar o seu conteúdo. De autoria do alquimista islandês Arne Saknussemm, ele remonta ao século XVI. Nele uma inesperada descoberta: uma espécie de mapa que conduz ao núcleo central da terra, através de um vulcão desativado, o Sneffels, situado justamente na ilha onde Arne nasceu. O pupilo de Lidenbrock não acredita muito nesta revelação, mas é persuadido pelo tio e, junto com Hans, nativo de confiança, que os guia nesta aventura, partem um mês após o recente achado. Logo eles ingressam no interior do Planeta, contrariando, naturalmente, as leis científicas conhecidas até a atualidade, pois segundo os cientistas, o intenso calor existente nesta região impediria qualquer expedição ao seio da terra, tese também defendida por Axel.
Depois de passarem por inúmeros feitos extraordinários, como atravessar incontáveis poços e passagens, cruzar com uma imensa caverna preenchida por águas marinhas, percorrer uma floresta povoada por cogumelos, presenciar uma luta entre monstros originários da pré-história do Planeta, e ter uma visão dos humanos pertencentes à era terciária, os protagonistas desta jornada conseguem inesperadamente retornar à superfície terrestre, através do vulcão Etna, localizado na Sicília, cidade italiana. O cientista e seu sobrinho se tornam famosos por sua fantástica realização. Axel é o narrador desta história, o eixo sólido e concreto do trio que embarca na jornada pelo centro da terra. É fácil o leitor se identificar com este personagem, pois, ao contrário dos outros dois, ele sofre com as intempéries da jornada. Porém, quando tudo muda e as coisas vão bem, ele se empolga com a aventura.


Dica de Leitura 1


       Prepare-se para entrar em um mundo onde o mistério e o suspense ditam as regras. Hugo Cabret é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930. esgueirando-se por passagens secretas, Hugo cuida dos gigantescos relógios do lugar: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento das máquinas. A sobrevivência de Hugo depende do anonimato: ele tenta se manter invisível porque guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam o caminho do garoto. Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e um homem mecânico estão no centro desta intrincada e imprevisível história, que, narrada por texto e imagens, mistura elementos dos quadrinhos e do cinema, oferecendo uma diferente e emocionante experiência de leitura.


Felicidade clandestina (excerto) - Clarice Lispector

"(...) Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante".

Leitura: um mundo novo a descobrir

      A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro. Gosto muito do trabalho com leitura, pois acredito que quem lê bastante, desenvolve habilidades sem nem mesmo perceber. O hábito de leitura em casa, durante toda minha vida, foi muito comum. As histórias de aventuras são as que mais me atraíram durante minha infância, como as Aventuras de Guliver, A volta ao mundo em 80 dias, Viagem ao centro da Terra, enfim, para mim, era participar juntamente com eles as descobertas em cada capítulo do livro. Hoje sou uma apaixonada pelos livros ditos Best Sellers. São leituras que nos transportam para outra dimensão.